Vai Belo poeta para a rádio
Talvez tenha sido de Ruy Belo o primeiro poema que Fernando Alves disse na rádio, nas ondas do Rádio Clube de Benguela, em 70 e picos, ou na década seguinte, na Antena 1. Mas são de certeza absoluta de “Aquele Grande Rio Eufrates” as palavras que foram a senha que lançou ao país possível a emissão zero da TSF, gravada há quase 40 anos em Lisboa, numa cave que foi convés e postigo para a então telefonia pirata.
Para a estreia do Poemundo, na poesia.fm, este Homem de Rádio[s] regressa às muito sublinhadas páginas de Ruy Belo, um poeta “tão nascido para a rádio, sem que ele próprio porventura alguma vez o tenha imaginado”. E nos versos dele, Fernando relê, com André Cunha, a eterna dúvida do mundo: “Atenção meu amigo às modernas quadrigas / que o sol nascente manda pelas ruas / Olha uma raça assim de santos e heróis / em linha pelas ruas da cidade / a alimentar o ritmo regular do trânsito”.
(gravado antes de 24 de Fevereiro de 2022).
09.03.2022
André Cunha
André Demony e André Cunha
Luís Borges
Laura Romero
André Demony
Sérgio Milhano, PontoZurca
TSF