Farsa de Inês Pereira

Porquanto duvidavam certos homens de bom saber se Gil Vicente (1465 – 1536) fazia de si mesmo as suas obras ou se furtava de outros, lhe deram como mote sobre que escrevesse o provérbio que diz: “mais quero asno que me leve, que cavalo que me derrube”. Assim nasceu a Farsa de Inês Pereira, representada ao mui alto e mui poderoso rei D. João, o terceiro do nome em Portugal, no seu Convento de Tomar, no ano do Senhor de MDXXIII.

 

Com a adaptação realizada por Eduardo Street para o programa “Teatro Imaginário” da Antena 2 (2002), nas interpretações de Teresa Sobral, Fernanda Montemor, Vera Azevedo, Rui Luís, Jorge de Sousa Costa e Carlos Vieira Almeida, celebramos hoje o Dia Mundial do Teatro.

 

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Epigrama

 

 

 

Levando um velho avarento

Uma pedrada num olho,

Pôs-se-lhe no mesmo instante

Tamanho como um repolho.

 

Certo doutor, não das dúzias,

Mas sim médico perfeito,

Dez moedas lhe pedia

Para o livrar do defeito.

 

«Dez moedas! (diz o avaro)

Meu sangue não desperdiço:

Dez moedas por um olho!

O outro dou eu por isso.»

 

 

 

 

Bocage

In Bocage – Antologia Poética (Ulisseia, s/ ano, pp. 143-44)

 

data de publicação
07.10.2022
texto
Bocage
seleção e interpretação
Manuela de Freitas e Mário Viegas
produção
José Mário Branco
António José Martins
gravação
José Fortes (Angel Studios, Outubro de 1990)
publicação
UPAV - União Portuguesa de Artistas de Variedades, em 1990 (vinil); Público, em 2006 (CD); poesia.fm, 2022 (versão digital)
agradecimento
Manuela de Freitas, Hélia Viegas, Ana Viegas Cruz, Filipe Esménio, Pedro Branco, Manuela Jorge, Paulo Ferreira e Margarida Ourique

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