Farsa de Inês Pereira

Porquanto duvidavam certos homens de bom saber se Gil Vicente (1465 – 1536) fazia de si mesmo as suas obras ou se furtava de outros, lhe deram como mote sobre que escrevesse o provérbio que diz: “mais quero asno que me leve, que cavalo que me derrube”. Assim nasceu a Farsa de Inês Pereira, representada ao mui alto e mui poderoso rei D. João, o terceiro do nome em Portugal, no seu Convento de Tomar, no ano do Senhor de MDXXIII.

 

Com a adaptação realizada por Eduardo Street para o programa “Teatro Imaginário” da Antena 2 (2002), nas interpretações de Teresa Sobral, Fernanda Montemor, Vera Azevedo, Rui Luís, Jorge de Sousa Costa e Carlos Vieira Almeida, celebramos hoje o Dia Mundial do Teatro.

 

Em qual playlist quer adicionar esta peça?

Tem a certeza que pretende eliminar a lista ?

Necessita de estar registado para adicionar favoritos

Login Criar conta

Cesário Verde

Sobre o autor

Inaugura uma linguagem poética concreta, realista e livre de sentimentalismos, para a qual os portugueses não estavam preparados. Então, os autores românticos dominavam as letras, fazendo soltar suspiros e ais. Incompreendido pela forma lúcida como escrevia, ora enaltecendo o trabalho do campo ou beleza feminina ora denunciando a crueza da pobreza nacional, Cesário recebeu fortes críticas aos seus poemas - publicados em jornais nacionais - por vultos como Ramalho Ortigão ou Teófilo Braga. Palavras contundentes eram lançadas contra Cesário a partir de jornais como As Farpas ou o Diário Ilustrado. O seu rasgo será reconhecido anos depois de ter falecido, desde logo por Fernando Pessoa, que o considerava um mestre. O crítico literário, ensaísta, dramaturgo e romancista Silva Pinto, amigo de Cesário, encarregou-se de reunir os seus poemas em «O Livro de Cesário Verde», após a sua morte por tuberculose, em 1886, doença de que sofria desde 1877 e que lhe levou a irmã e o pai. Cesário Verde nasce em Lisboa, em 1855, no seio de uma família abastada de ascendência genovesa. Reparte o tempo entre a vida citadina e a quinta da família, em Linda-a-Pastora, e apesar de ter-se matriculado no curso de Letras não termina os estudos. Tem uma vida social discreta e ocupa grande parte do tempo a trabalhar como comerciante no negócio do pai na baixa de Lisboa.

Peças