no meio do riso à toa
quero tatuar seis vezes
seus olhos
que enrugam ao dizer sim
mapear de ponta a ponta o siso
registrar
a calda fina da sua voz
que diz
é assim mesmo
ondular o sopro cinza
às vezes azulado
remeter a fotografia suja
em papel fosco
sempre que fecho meus olhos
sempre que penso no chiado no meio do teu nome
sempre que paro e lembro
embrasar o verso é deitar sem sono
Inédito
Érika Santos
Sérgio Milhano, PontoZurca